Atualização 23/01 – Acampamento Base 4fcn
Após um exaustivo ataque ao cume em que os brasileiros chegaram aos 8400 metros de altitude, Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino, Freddy Rangel, Carlos Santalena, Rodrigo Lucchese, Leonardo Pena, Rodrigo Xavier, Eduardo Cotrin, Murilo Vargas, Adalberto Neto, Décio Gomes e Pedro Barcia retornaram para o acampamento 2. Eles deverão dormir mais uma noite em altitude antes de retornar para o Acampamento Base. Samuel Figueiredo já deixou a montanha. Ele foi evacuado do Acampamento 2 de helicóptero e levado para Kathmandu devido a uma suspeita de pneumonia. Felizmente ele está bem e se recuperando. 713q6j
Ainda não se sabe se algum brasileiro irá tentar um novo ataque ao cume. Tiago Toricelli irá investir no Lhotse, montanha irmão do Everest, com 8.516 metros de altitude.
Confira o breve relato que o montanhista Pedro Hauck fez assim que chegou em segurança ao Acampamento 2:
“Não vou botar a culpa em ninguém, só porque a previsão falhou pela terceira vez. Dizia que ia ter 20 km/h de vento e fez mais que o triplo. Pior, caiu uma nevinha em pó e esse vento jateou cristais de gelo na nossa cara.
Quase todo mundo desistiu. A primeira pessoa que vi descendo foi a Grace de Taiwan, que já fez todos os 14.
Pedrinho foi o primeiro a desistir de nosso grupo, conversamos e ele desceu com seu Sherpa, Guru. Eu fiquei sozinho, já que o Freddy sumiu na frente. Mas combinei com o Guru dele voltar e a gente fazer cume juntos.
Subi sozinho quase todo o caminho até a Balcony, quando o vento ficou inável e congelou minha mascara de Ski.
No meio de um monte de desistente vejo um grupo subindo, era a Grade 6. Fiquei muito feliz quando o @carlossantalena me reconheceu.
“Vamos pra cima? Vamos!”
Quando começamos a subir vejo o Freddy descendo com seu Sherpa Nima.
“Não dá mais, estou congelando minhas mãos”
Peguei uma garrafa de O2 a mais com eles e continuei subindo com bom ritmo, abrindo caminho na neve, que já não existia mais por conta dos ventos . Chegamos na Balcony, mas não dava mais. A corda estava sendo tapada pela neve e o tempo era péssimo. Carlão sem voz, me informou do pior “vamos descer”.
Ainda fiquei um tempo lá em cima trocando meu cilindro de O2, até que decidi que não valia mais pena arriscar.
Iniciei minha descida e encontrei o Sherpa Guru. Até me animei, perguntei se podíamos subir e ele disse que não.
Sem discutir acatei e comecei a descer. Vi vários personagens famosos descendo, como o Kami Rita Sherpa. Cheguei na barraca ao amanhecer e encontrei meus amigos . Freddy contou que viu um japonês discutindo com seu Sherpa, insistindo em subir. Hoje reconhecemos o corpo deste japonês sendo arrastando pra baixo.
Tivemos a decisão correta em descer e já estamos no C2, salvos. Foi cansativo e fizemos o que foi possível em duas jornadas hercúleas. Estamos exaustos, mas seguros. Aqui quem manda é a montanha. Perdemos o cume mas estamos vivos!”
Atualização 22/01 – Brasileiros começam a descer 4p5l5q
Os montanhistas brasileiros chegaram até o Balcony a 8400 metros aproximadamente, por volta de 00h ( 15h15 no Brasil). Infelizmente as condições climáticas extremas voltaram com ventos fortes e grandes riscos de congelamento. Assim eles decidiram retornar para o campo 4 onde deverão ar a noite. Apesar da exaustão, todos estão bem e deverão enviar atualizações nas próximas horas.
Ainda não se sabe se algum dos brasileiros irá tentar o cume novamente, porém as esperanças e a torcida continuam.
Novo ataque ao cume 6w1y3s
As equipes de Pedro Hauck e Carlos Santalena chegaram ao acampamento 4, a 7950 metros de altitude em 20/05, ultima parada antes do cume. No entanto, eles decidiram adiar o ataque ao cume por conta dos fortes ventos que atingiram a montanha. Samuel Figueiredo e Leo Rodriguez decidiram descer. Pedro Augusto Cirino continuou por mais uma noite a beira da zona da morte mas também resolveu baixar em 22/05.
Já Pedro Hauck, Freddy Rangel, Carlos Santalena, Rodrigo Lucchese, Leonardo Pena, Rodrigo Xavier, Tiago Toricelli, Eduardo Cotrin, Murilo Vargas, Adalberto Neto, Décio Gomes e Pedro Barcia saíram juntos do Acampamento 4 com o objetivo de chegar ao cume. A estimativa é que eles cheguem ao cume logo após o nascer do sol no Nepal, aproximadamente 23 horas no Brasil.
Atualização 19/05 – Inicio da nova tentativa de cume 1f3h31
No dia 18/05, a equipe de brasileiros deixou novamente o Acampamento Base com o objetivo de realizar um novo ataque ao cume. Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino, Freddy Vasconcelos e Samuel Figueiredo levaram cerca de 10 horas e 15 minutos para chegar ao Acampamento 2. Segundo Pedro Hauck, a subida foi bastante cansativa, principalmente devido cansaço acumulado ao longo período vivendo na montanha, mas todos estão bem e com saúde no segundo acampamento, situado a 6.500 metros de altitude.
No dia 19/05, os montanhistas aproveitaram para descansar dessa etapa inicial e acompanhar com atenção a previsão do tempo. Embora não haja nenhum dia com condições meteorológicas perfeitas, alguns períodos ainda oferecem janelas seguras para escalada, mesmo com possíveis dificuldades adicionais, especialmente relacionadas ao vento. Hauck aposta em uma tentativa de cume nos dias 22 e 23 de maio.
Infelizmente, Waldemar Niclevicz precisou desistir da expedição. Ele não conseguiu se recuperar das tosses e dores de garganta que vinha enfrentando. Além disso, a exaustiva primeira tentativa de cume, em que chegaram até o Campo 4, comprometeu ainda mais sua recuperação. Niclevicz já retornou para Kathmandu.
As outras equipes de brasileiros também já iniciaram o ataque ao cume. Roberto Lucchese, Carlos Santalena, Murilo Vargas, Leonardo Pena, Rodrigo Xavier, Adalberto Neto, Tiago Toricelli, Eduardo Cotrim chegaram ao Acampamento 2 após serem atingidos por uma avalanche na parede Lola. Felizemente todos estavam encordados e não se feriram durante a queda de gelo. “Foi mais de 1min de angústia, mas após ar, vendo que todos estavam bem, ficou pra história (um dos episódios mais assustadores e marcantes da minha vida) JUSTAMENTE NA CASCATA DE GELO DE KUMBU. Foram 5 segundos que tive pra reagir (sim eu estava desencordado), tive tempo de me encordar, virar de costas, e ver aquele onda de neve chegando diretamente. Durou aproximadamente 1min, muita pressão, tive que controlar o medo… mas graças a Deus ou, e principalmente conseguimos todos seguir bem em segurança” relatou Lucchese em seu Instagram.
Leo Rodriguez veio logo atrás e também já está no acampamento 2.
Atualização 13/05 – Brasileiros retornam do Campo 4 1ie12
Os brasileiros Waldemar Niclevicz, Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino e Freddy Vasconcelos chegou ao Campo 4, a aproximadamente 7.910 metros de altitude. Durante a subida, enfrentaram temperaturas incomuns para grandes altitudes — mais de 30 °C (positivos) —, o que dificultou o progresso e atrasou a chegada ao destino.
Ao alcançarem o acampamento, perceberam que os ventos estavam muito fortes, contrariando as previsões meteorológicas. Samuel Figueiredo, que subia mais lentamente, foi orientado a retornar, já que as novas condições climáticas impediriam uma tentativa segura de cume.
As atualizações nas previsões indicavam temperaturas de até -37 °C no cume, com máximas não superiores a -30 °C. A sensação térmica poderia atingir entre -70 °C e -83 °C, elevando o risco de congelamento imediato da pele exposta, principalmente das extremidades das mãos e pés.
Diante da nova perspectiva de frio extremo e ventos intensos, com possibilidade de whiteouts, vento branco e congelamento das extremidades, a equipe optou por abortar a tentativa de cume. Assim o grupo retornou ao Acampamento Base e aguardará uma nova janela de tempo favorável para uma próxima investida.
Durante a descida, ao arem pelo Esporão Genebra, a 7.800 metros de altitude, notaram a ausência dos ventos fortes. Isso indica que eles haviam sido atingidos por uma corrente de Jet Stream. Essas correntes de ar, normalmente localizadas acima dos 10 mil metros, ocasionalmente descem, como aconteceu nesta ocasião, alcançando o Campo 4.
“Infelizmente, dependendo do modelo de previsão, não é possível detectar esse tipo de vento. Ainda bem que chegamos cedo, isso nos dá a possibilidade de uma nova tentativa”, comentou Pedro Hauck, demonstrando confiança.
Atualização 10/05: Brasileiros no Acampamento 3 e Sherpas no Cume 5d4c6n
Os montanhistas brasileiros chegaram ao Acampamento 3 a 7.050 metros de altitude. Para chegar lá eles enfrentaram 5h30 de escalada e muito calor. É isso mesmo, Pedro Hauck contou em um vídeo gravado diretamente do acampamento que está muito quente por lá. “Muito, muito calor. Agora mesmo, por volta de 16h30 tá muito quente, abafadíssimo. É como se estivéssemos ao nível do mar”, contou o montanhista.
A boa notícia do dia é que a equipe de Sherpas responsável pela instalação das cordas fixas na rotas chegou ao cume em 09/05. A primeira equipe a pisar no cume do Everest em 2025 é formada por Ang Temba Sherpa, Tsering Pemba Sherpa , Ashok Lama, Pem Nurbu Sherpa, Tashi Sherpa, Karma Gyaljen Sherpa, Tashi Gyalzen Sherpa e Pas Tenzi Sherpa.
Outra boa notícia é que o brasileiro Rodrigo Xavier que teve problemas com sua aclimatação, irá continuar na expedição e hoje subiu para o Campo 2 para realizar seu segundo ciclo de aclimatação. Já Adalberto Neto, Carlos Santalena, Leonardo Pena, Pedro Barcia, Roberto Lucchese, Tiago Toricelli, Décio Gomes e Murilo Vargas seguem em um descanso regenerativo em Namche Bazar e devem iniciar a escalada para o cume no dia 15/05.
Atualização 08/05: O início da escalada rumo ao cume 25226
Depois de 12 dias de descanso no acampamento base, chegou a hora de iniciar a última rotação: a rotação de cume. Waldemar Niclevicz, Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino, Samuel Figueiredo e Freddy Rangel deixaram o conforto do Acampamento Base na madrugada de 07/05.
Em montanhas de grande altitude, é comum iniciar a caminhada nas primeiras horas do dia — ainda no escuro — para aproveitar o clima mais estável e reduzir o risco de avalanches. E assim fez o time brasileiro, juntamente com os Sherpas que irão acompanhá-los, encarando o primeiro desafio dessa escalada: a temida Cascata do Khumbu.
Segundo Hauck, a estimativa é que os Sherpas cheguem ao topo do Everest pela primeira vez nesta temporada no dia 10/05, abrindo assim o caminho para os montanhistas estrangeiros.

Waldemar nas temidas escadinhas para vencer uma das paredes de Gelo na Cascata do Khumbu. Foto: Pedro Hauck
A janela entre os dias 07 e 16 está excelente: sem precipitação, sem ventos fortes e com temperatura mínima no cume, durante a noite, de -32°C (sensação térmica).
“Chegamos cedo e temos a chance de alcançar o cume antes também, evitando filas e congestionamentos. Tomara que dê certo!”, disse Hauck.
Os cinco brasileiros já estão novamente no Acampamento 2. Eles ascenderam 1.627 metros e percorreram 7,35 km em 13h40min — uma subida exaustiva, enfrentando frio e calor. Hauck sofreu um estiramento na panturrilha direita, o que dificultou a caminhada, mas todos chegaram ao acampamento, onde devem descansar e planejar os próximos os dessa escalada.
Atualização 04/05:Base Camp Life: a vida no Acampamento Base 4q5h57
Após o segundo ciclo de aclimatação, os brasileiros Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino e Samuel Figueiredo tiraram uma folga das escaladas. Os três permaneceram no Acampamento Base do Everest, dedicando-se apenas a comer e descansar. Esse período de pausa é uma etapa essencial para que o corpo tenha tempo de se adaptar à altitude e se recuperar antes das próximas subidas.
Para ar o tempo, os montanhistas aproveitaram as comodidades de uma verdadeira cidade formada por barracas, com restaurante — incluindo um cardápio variado — e uma cafeteria, onde puderam desfrutar de um bom café.
Enquanto isso, Waldemar Niclevicz e Freddy Rangel foram até a vila de Namche Bazar, a 3.440 metros de altitude, para se recuperarem de uma inflamação na garganta que os acometeu. Ambos já estão restabelecidos e retornaram ao Acampamento Base do Everest.
Durante esse período, Pedro Hauck também visitou as barracas de outro grupo de brasileiros, participantes da expedição liderada por Carlos Santalena. Em 04/05, eles chegaram ao Acampamento 2 para o segundo ciclo de aclimatação dessa equipe.
Entre os acontecimentos mais marcantes dos últimos dias, uma grande avalanche foi registrada no Pulmori que fica nas proximidades do Acampamento Base. Felizmente, ninguém se feriu, mas o episódio serve como alerta para os riscos constantes enfrentados pelas equipes em uma das montanhas mais perigosas do planeta.
Apesar dos desafios, a logística da expedição ganhou novo fôlego com a retomada das operações dos drones, fundamentais para o transporte de suprimentos até os acampamentos em altitudes elevadas. Com isso, os trabalhos da equipe seguem em ritmo normal, mesmo diante das dificuldades impostas pelo ambiente hostil do Himalaia. As equipes que trabalham na fixação das cordas na rota alcançaram o Acampamento 4 e nas próximas janelas de tempo bom deverão terminar a instalação das cordas até o cume.
Se quiser, posso adaptar esse texto para publicação em redes sociais ou como nota oficial da expedição. Deseja isso?
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Atualização 29/04: Segundo ciclo de aclimatação e mais uma cerimônia de Puja 3f2d4l
A equipe de montanhistas brasileiros, formada por Waldemar Niclevicz, Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino, Samuel Figueiredo e Freddy Rangel, completou o segundo ciclo de aclimatação. Eles subiram até o Acampamento 2, a cerca de 6.500 metros de altitude, onde permaneceram por alguns dias para se aclimatar. 6tk55
Ao retornar ao Acampamento Base, em 26/04, a equipe recebeu a notícia de que um grande serac desmoronou na Cascata do Khumbu, destruindo parte da rota utilizada na subida. No entanto, os “doutores da Cascata do Khumbu” já encontraram um novo caminho que contorna a rota destruída. Mas esses não foram os únicos danos registrados: os ventos de jato (jet streams) também destruíram uma barraca refeitório e várias outras barracas no Acampamento 1.
Além da aclimatação, Pedro Hauck participou de uma cerimônia de Puja, realizada para pedir licença e proteção para a escalada.
Atualização 23/04: Brasileiros no Campo 2 645qz
Os brasileiros Waldemar Niclevicz, Pedro Hauck, Pedro Augusto Cirino, Samuel Figueiredo e Freddy Rangel chegaram ao Acampamento 2, a 6.500 metros de altitude, no dia 22/04. Todos estão bem e deverão retornar ao Acampamento Base para completar o primeiro ciclo de aclimatação de escalada do Everest.
Para alcançar essa altitude, eles atravessaram a temida Cascata de Gelo do Khumbu e chegaram ao Acampamento 1, a 6.100 metros de altitude, onde aram uma noite. Nesse primeiro dia de subida, Pedro e Samuel levaram mais de 10 horas de escalada, enquanto Waldemar, Pedro Hauck e Freddy levaram cerca de 7 horas.
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A Cascata de Gelo do Khumbu 343a5g
A Cascata de Gelo do Khumbu (ou Khumbu Icefall) é uma das partes mais famosas e perigosas da rota pela face sul que leva ao cume do Monte Everest. Ela é formada por um labirinto de seracs (torres de gelo), fendas profundas e blocos gigantescos de gelo que estão em constante movimento. Esse deslocamento contínuo pode provocar colapsos repentinos de blocos ou a abertura de novas fendas. Além disso, os seracs, que podem atingir o tamanho de prédios, podem desabar a qualquer momento, provocando avalanches. Essa é a região da montanha com o maior número de registros de vítimas fatais.
Para vencer a Cascata de Gelo do Khumbu, é necessário atravessar as famosas pontes de alumínio e subir por cordas fixas instaladas pelos chamados “Doutores da Cascata do Khumbu”. No entanto, mesmo com esse auxílio, é indispensável que os montanhistas tenham habilidade técnica e excelente condicionamento físico.
Atualização 16/04: Pedro Hauck se junta ao time no Everest Base Camp 43243b
Em 15/04, o montanhista e guia Pedro Hauck se juntou ao restante do time no Acampamento Base da montanha mais alta do mundo. Ele estava acompanhando um grupo da Soul Outdoor no percurso de trekking até a Base do Everest. Enquanto Pedro seguia a trilha, os demais integrantes da expedição (Waldemar Niclevicz, Pedro Augusto Cirino e Freddy Rangel) realizaram uma pequena investida na Cascata de Gelo do Khumbu, chegando até os 5.600 metros de altitude para conhecer melhor o desafio que enfrentarão em breve.
Eles também participaram de uma cerimônia de puja, um ritual tradicional comum no budismo tibetano e no hinduísmo. Durante a cerimônia, são feitas oferendas como incenso, alimentos, flores, bandeiras de oração e entoação de mantras em meio à natureza. Os nepaleses acreditam que, quando realizada em locais elevados, a puja é potencializada. Por isso, é comum que bandeiras de oração sejam colocadas nos cumes das montanhas ou em locais onde o vento sopra com força.
Montanhistas que escalam nos Himalaias, especialmente no Everest, realizam a puja por respeito às tradições locais e para pedir permissão e proteção espiritual antes da subida. A cerimônia, conduzida por um lama (monge budista), tem grande importância para os sherpas, guias e carregadores locais de origem budista. Durante a puja, os equipamentos de escalada também são abençoados. Acredita-se que o ritual aplaca os espíritos da montanha e invoca bênçãos para uma expedição segura.
Além do aspecto espiritual, a puja também tem um forte valor cultural e comunitário: ela fortalece os laços entre os membros da equipe e demonstra respeito pela natureza e pelas crenças dos povos locais. Muitos alpinistas estrangeiros, mesmo não sendo budistas, participam da cerimônia em sinal de reverência e também por tradição — já que muitos sherpas se recusam a iniciar a escalada sem que a puja tenha sido realizada.
Cume no Lobuche East 4n4qy
Os montanhistas Waldemar Niclevicz, Pedro Augusto Cirino e Freddy Rangel chegaram ao cume do Lobuche East, com 6.119 metros de altitude, em 16/04. Essa escalada faz parte do processo de aclimatação e evita subidas adicionais na temida e perigosa Cascata de Gelo do Khumbu. Com essa estratégia, eles conseguiram atingir uma altitude superior a 6 mil metros de forma mais segura do que fariam caso tentassem essa mesma aclimatação diretamente no Everest.
O Lobuche East é classificado pela Nepal Mountaineering Association como um “trekking peak”, sendo uma opção popular entre alpinistas que buscam aclimatação para montanhas mais altas, como o Everest. A primeira ascensão registrada do Lobuche East foi realizada por Laurence Nielson e o sherpa Ang Gyalzen em 25 de abril de 1984. A rota mais comum para o cume envolve uma combinação de escalada em rocha e gelo, exigindo habilidades técnicas moderadas. A partir do cume, é possível apreciar vistas impressionantes de montanhas icônicas como o Everest, Lhotse, Nuptse e Ama Dablam.
Atualização 11/04 – Time de escalada do Everest chega ao Acampamento Base 5b1h4e
O Time da Expedição “30 Anos do Brasil no Everest”, formado pelos montanhistas brasileiros Waldemar Niclevicz, Samuel Figueiredo e Pedro Augusto Cirino, além do venezuelano naturalizado brasileiro Fredy Albeiro Rangel, chegou ao Acampamento Base em 10/04.
A equipe iniciou o trekking de aproximação à maior montanha do mundo partindo de Lukla. Foram oito dias de caminhada, com uma pausa em Namche Bazar no terceiro dia para aclimatação. Durante esse dia de descanso, o grupo visitou o vilarejo de Khumjung e seu mosteiro. No sexto dia, fizeram uma caminhada até a parede sul do Lhotse (8.501m), a quarta montanha mais alta do mundo. Nessa ocasião, chegaram a 4.700 metros de altitude, em uma trilha tranquila, porém essencial para a adaptação ao ar rarefeito.
No penúltimo dia antes de chegarem ao Acampamento Base, enfrentaram uma nevasca que dificultou um pouco o trajeto, mas sem maiores contratempos. Phil Klose também participou dessa primeira fase da expedição, mas já retornou a Katmandu de helicóptero.
Enquanto isso, os demais integrantes seguem realizando atividades para melhorar a aclimatação e aguardam a chegada de Pedro Hauck, que está acompanhando os membros da equipe Soul Outdoor, responsáveis apenas pelo trekking até o Acampamento Base.
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1 comentário a682a
Parabéns aos bravíssimos montanhistas que enfrentaram condições desafiadoras na busca de cumear o Everest em comemoração dos 30 anos da brilhante conquista brasileira, pelo Waldemar e pelo Catão, somado a inadiável necessidade da Restauração Ecológica, não apenas para a nossa geração, como também para filhos e netos. Talvez ascender ao cume se torne cada vez mais complexo, com o regime de ventos sendo perturbado pelas Mudanças Climáticas que o Waldemar buscou trazer à luz. Assunto para especialistas, precisamos ouvi-los.
No Montanhismo, recuar, após chegar tão perto é a mais nobre homenagem que o montanhista presta à Natureza. O esforço humano, ainda que titânico, precisa ser coroado pela humildade. Assim, nossos compatriotas retornam, muito maiores e mais sábios, fortalecidos pelos ventos, pelo frio e pela neve. Desejo a todos excelente retorno e deixo um forte e efusivo abraço. 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼