Temporada do Everest 2025 chega ao fim com cerca de 800 cumes e 5 mortes 5d1528

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A temporada 2025 de escalada na maior montanha do mundo chegou ao fim com cerca de 800 pessoas atingindo o cume do Everest e, pelo menos, cinco mortes registradas. Em 29 /05, a Cascata de Gelo do Khumbu foi oficialmente fechada, e as cordas fixas que levam até o Acampamento 1 foram removidas. 11291q

Acampamento Base do Everest. Foto: Maria Tereza Ulbrich.

Essa temporada foi marcada por condições climáticas adversas e pela ocorrência frequente do Jet Stream (ventos de alta altitude), o que dificultou as janelas de ataque ao cume.

Pela face sul, o lado nepalês da montanha, 694 pessoas chegaram ao topo. Desses, 257 eram montanhistas estrangeiros e nove, nepaleses. Além disso, outros 421 guias de alta altitude (grande maioria da etnia Sherpa), além dos sete integrantes do grupo Icefall Doctors, também atingiram o cume. Do lado tibetano, aproximadamente 100 pessoas chegaram ao topo.

Apesar do número final de cumes ter sido menor do que o previsto no início da temporada, a primavera de 2025 entra para a história como a quarta com maior número de ascensões ao Everest, atrás apenas de 2019 (885 cumes, o recorde atual), 2024 (861 cumes) e 2018 (802 cumes).

Segundo o cronista especializado no Everest, Alan Arnette, pelo menos cinco pessoas morreram no Everest este ano. A primeira vítima foi o nepalês Lanima Sherpa, que faleceu devido ao mal de altitude no Acampamento Base em 02/04. Poucos dias depois, Ngima Dorji Sherpa, também nepalês, morreu no início de maio enquanto trabalhava no mesmo local.

Em 4 de maio, Pen Chhiri Sherpa sofreu um ataque cardíaco no Acampamento 1. Já o montanhista filipino Philipp II Santiago morreu em 15 de maio, no Acampamento 4, durante sua tentativa de cume. No dia seguinte, o indiano Subrata Ghosh faleceu próximo ao Degrau Hillary, enquanto descia após atingir o cume.

Dezesseis brasileiros tentaram escalar o Everest nesta temporada, mas as condições meteorológicas desfavoráveis impediram que o Brasil tivesse um representante no ponto mais alto do mundo em 2025.

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Sobre o autor 4g6f10

Maruza Silvério é jornalista formada na PUR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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